Desde que criei meu blog comecei com a mania de fazer pequenos esboços de futuros posts em um bloco de papel. Resultado: Estou com várias folhas escritas e rabiscadas e pouca coisa aqui.
Hoje vou tentar tirar o atraso e tentar fazer um aglomerado disso tudo, os assuntos não tem muita ligação um com o outro, mas vou tentar encaixar. Você pode ler o subtítulo e ler apenas aquilo que te interessar, não se sinta obrigado a ler tudo. Eu tenho preguiça de ler posts grandes em blog, eu te entendo.
Dunga, o mestre zangado.
Meu deus! Que batido! Fazer piada do nome do técnico da seleção brasileira com os demais anões da Branca de Neve, mas é irresistível.
Na 3ª feira eu cheguei do inglês e, empolgado, liguei o televisor na ESPN Brasil. Não tinha esperanças de que o “amado mestre” chamasse Ganso ou Neymar, mas achava que Doni e Kléberson estariam de fora.
Não levar Adriano é coerente e mostra inteligência do Dunga. Levar Grafite no lugar dele, tudo
bem, é um jogador com características parecidas com o não convocado. Não levar os garotos santistas mostra a teimosia do treinador, a coerência burra dele e principalmente o egoísmo de Dunga. Ele pensa exclusivamente na Copa 2010, não está ligando para 2014 e com a chance de preparar futuras estrelas. Isso o diferencia de treinadores como Parreira, que levou o então jovem e magrelo Ronaldo em 94, por exemplo.
Mas as asneiras de Dunga só começaram na convocação. Durante a entrevista coletiva o treinador demonstrou que vê a imprensa como inimiga (Vamos lembrar que ele apanhou barbaridade da mídia nas Copas de 90, 98 e quando assumiu o comando técnico da seleção). Ele também deu aula de história, moral e cívica e demonstrou um patriotismo exacerbado. E falou a pérola que não sabe se a escravidão e a ditadura foram ruins porque não viveu.
Dunga pode ser campeão do mundo, já li que se não for ele deixará Barbosa no chinelo. Mas ele tem que aprender algumas coisas:
Primeiro, o time dele não são heróis nacionais. Os brasileiros não são obrigados a torcer pela seleção brasileira e se não torcer não serão menos brasileiros ou menos patriotas por causa disso. A seleção brasileira é uma empresa, cheia de interesses (como o próprio falou: “né, Milton?”) e na qual o interesse da nação (no caso a convocação dos meninos da Vila) é o que menos importa.
Segundo, a imprensa não precisa de Dunga. Dunga precisa da imprensa. Daqui dois meses, com hexa ou sem hexa ele deve deixar o comando da seleção. Há especulações de que ele dirija algum time europeu. Os jornalistas esportivos brasileiros estarão cagando e andando para ele. Futuramente ele pode querer abrir o “Instituto Dunga de Futebol”, daí ele vai querer cobertura da imprensa, vai ser super simpático na coletiva e vai responder até as perguntas de Cícero Melo.
Terceiro, Dunga precisa aprender o conceito básico de História: “Conhecer o passado, para entender o presente” (Pelo menos minha professora de 5ª série falava isso e eu acredito nisso até hoje). Como filho de professora de história ele deveria saber que ao tomar conhecimento de um fato é normal você formar uma opinião a respeito do assunto. Ainda mais em casos tão extremos como a ditadura e a escravidão. E Dunga sabe o tamanho da merda que falou, ele só queria enrolar na resposta pra diminuir o número de perguntas para responder.
Os meninos da Vila e o Saci Pererê
Meu pai gosta pouco de futebol, nunca foi de assistir aos jogos. Santista, passou pela decepção de ver o filho tornar-se são-paulino. Não foi culpa minha, na minha infância o Santos não ganhava nada. Se o time de Giovani tivesse sido campeão brasileiro em 95 talvez eu voltasse a ser santista.
Enfim, lembro do meu pai interessado por poucos jogos do Santos. Esse de 95, alguns da era de Robinho e Diego e só. Agora, com os novos meninos da Vila ele voltou a gostar de futebol. 4ª feira ele vê aos jogos do Santos pela Copa do Brasil, sabe o nome dos jogadores e comenta o desempenho da equipe. É espantoso.
Os meninos da Vila jogam um futebol alegre e vistoso. Jogam desta maneira porque gostam de jogar futebol, porque é assim que sabem fazer e porque se divertem com aquilo. Fazem as coreografias ao comemorar os gols, tiram sarro da cara dos adversários nas entrevistas após as partidas e estão sempre sorrindo. Geram paixões como uma boy band, mas também geram raiva. Há quem diga que eles passam dos limites e são desrespeitosos.
Tais atitudes e repercussão me fazem associar os meninos da Vila ao personagem folclórico do Saci Pererê. Para alguns o comportamento dele é maléfico, demoníaco. Para outros apenas um menino travesso. Apesar das opiniões contrárias, acho que a imagem que predomina do Saci é do menino brincalhão. Ele não dá nó nos rabos dos cavalos por maldade, mas porque aquilo o diverte.
É isso que acontece com os Meninos da Vila. Neymar não deu chapéu no Chicão do Corinthians para humilhá-lo, fez porque era divertido, para tirar um sarro. Após o título Paulista ele e Robinho não gritaram: “Luxemburgo, pode esperar, a sua hora vai chegar” para provocar o técnico do Atlético Mineiro, para enervar o professor. Foi molecagem, coisa de menino travesso. Tá certo que Robinho já passou um pouco da idade, mas toda essa alegria só faz bem para o futebol.
A entrevista de Neymar
No dia 26 de abril Neymar concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal O Estado de São Paulo. Ele disse que gosta de comprar roupas Calvin Klein e Nike, que quer uma Ferrari e um Porshe na garagem e que uma mulher, sendo linda, é o suficiente. Também disse que nunca sofreu racismo porque não é preto e que alisa e pinta os cabelos de loiro. Aos 18 anos não tirou título de eleitor, não sabe quem são os candidatos à presidência e não tem opinião formada sobre Lula. Muita gente caiu matando em cima dele. Realmente, mostrou um jovem com uma cabeça vazia. Fútil, voltado à aparência e ao material.
Às vezes eu olho o Neymar e me vêm à cabeça aqueles clipes de Rappers americanos. O rapaz bem vestido, em cima de um carrão, com um medalhão de ouro no pescoço, cercado por belas mulheres bundudas se esfregando nele. Talvez seja nisso mesmo que Neymar se espelhe, talvez seja isso mesmo que ele queira.
Não o acho tão diferente da maioria dos meninos de 18 anos. Grande parte está pouco se lixando pra quem vai ser presidente, vão seguir o voto dos pais. E a classe social não influencia, tem muito boyzinho que também não faz ideia de quem é Dilma, Serra e Marina.
Neymar aos 18 anos pensa em coisas que o dinheiro e a fama podem comprar. Ele é, junto com PH Ganso e Dunga, o brasileiro mais comentado dos últimos meses. Ganha uma mesada de 5 mil reais por mês. Tem um monte de mulher (marias-chuteiras e as que acham ele bonitinho) aos pés dele. Viu seu nome envolvido em um complô midiático para levá-lo para a Copa do Mundo.
Sempre foi e sempre vai ser muito complicado administrar a combinação juventude + fama + dinheiro + sexo fácil. A tendência é a pessoa ficar mascarada, é a pessoa ficar fútil, é a pessoa ficar perdidinha. Mas com uns bons puxões de orelha de pais, empresário (daqueles que quer o bem do jogador e não só faturar em cima, será que existe?) e treinadores competentes não resolvam. No mais, não vamos esquecer que Neymar é um garoto. Um garoto mimado por méritos próprios.
A última sobre eles.
Após a vitória contra o Grêmio e a classificação para a final da Copa do Brasil, os jogadores do Santos aproveitaram o momento para desabafar. Uma fita contendo provocações de um locutor gaúcho foi o motivo de tanto alarde. Quase todos jogadores comentaram tal gravação, sobrou pro técnico gremista Silas e até pro presidente do Grêmio. Após a conquista do campeonato paulista, os “meninos da Vila” preferiram comemorar provocando o técnico Wanderley Luxemburgo, que ficou bravo com a brincadeira.
Nos dois momentos de maior “glória” do Santos até o momento na temporada os jogadores preferem compartilhar com os adversários do que com aqueles que deram apoio. A ala evangélica fervorosa do Santos não dedica a Deus, prefere desabafar e provocar os rivais. Para que dedicar a vitória aos pais, ao treinador, aos amigos? É melhor gerar mais intriga, mais inimizade e criar mais antipatia em torno deles.
Não duvido nada que se o Santos for campeão da Copa do Brasil, e deve ser, PH Ganso e Neymar dediquem o título ao Dunga, técnico da seleção brasileira. Vale lembrar que as finais ocorrerão só após a Copa do Mundo, quando provavelmente Dunga não será mais técnico do Brasil e portanto os meninos da Vila não terão medo de se queimar.
Vale à pena alguém chegar pra eles e dar um toque. Brincadeiras, provocações e zombarias fazem parte do futebol, mas ao ganhar um título ou uma vaga numa final de um campeonato importante, é mais legal comemorar com os seus.
Hoje vou tentar tirar o atraso e tentar fazer um aglomerado disso tudo, os assuntos não tem muita ligação um com o outro, mas vou tentar encaixar. Você pode ler o subtítulo e ler apenas aquilo que te interessar, não se sinta obrigado a ler tudo. Eu tenho preguiça de ler posts grandes em blog, eu te entendo.
Dunga, o mestre zangado.
Meu deus! Que batido! Fazer piada do nome do técnico da seleção brasileira com os demais anões da Branca de Neve, mas é irresistível.
Na 3ª feira eu cheguei do inglês e, empolgado, liguei o televisor na ESPN Brasil. Não tinha esperanças de que o “amado mestre” chamasse Ganso ou Neymar, mas achava que Doni e Kléberson estariam de fora.
Não levar Adriano é coerente e mostra inteligência do Dunga. Levar Grafite no lugar dele, tudo
bem, é um jogador com características parecidas com o não convocado. Não levar os garotos santistas mostra a teimosia do treinador, a coerência burra dele e principalmente o egoísmo de Dunga. Ele pensa exclusivamente na Copa 2010, não está ligando para 2014 e com a chance de preparar futuras estrelas. Isso o diferencia de treinadores como Parreira, que levou o então jovem e magrelo Ronaldo em 94, por exemplo.
Mas as asneiras de Dunga só começaram na convocação. Durante a entrevista coletiva o treinador demonstrou que vê a imprensa como inimiga (Vamos lembrar que ele apanhou barbaridade da mídia nas Copas de 90, 98 e quando assumiu o comando técnico da seleção). Ele também deu aula de história, moral e cívica e demonstrou um patriotismo exacerbado. E falou a pérola que não sabe se a escravidão e a ditadura foram ruins porque não viveu.
Dunga pode ser campeão do mundo, já li que se não for ele deixará Barbosa no chinelo. Mas ele tem que aprender algumas coisas:
Primeiro, o time dele não são heróis nacionais. Os brasileiros não são obrigados a torcer pela seleção brasileira e se não torcer não serão menos brasileiros ou menos patriotas por causa disso. A seleção brasileira é uma empresa, cheia de interesses (como o próprio falou: “né, Milton?”) e na qual o interesse da nação (no caso a convocação dos meninos da Vila) é o que menos importa.
Segundo, a imprensa não precisa de Dunga. Dunga precisa da imprensa. Daqui dois meses, com hexa ou sem hexa ele deve deixar o comando da seleção. Há especulações de que ele dirija algum time europeu. Os jornalistas esportivos brasileiros estarão cagando e andando para ele. Futuramente ele pode querer abrir o “Instituto Dunga de Futebol”, daí ele vai querer cobertura da imprensa, vai ser super simpático na coletiva e vai responder até as perguntas de Cícero Melo.
Terceiro, Dunga precisa aprender o conceito básico de História: “Conhecer o passado, para entender o presente” (Pelo menos minha professora de 5ª série falava isso e eu acredito nisso até hoje). Como filho de professora de história ele deveria saber que ao tomar conhecimento de um fato é normal você formar uma opinião a respeito do assunto. Ainda mais em casos tão extremos como a ditadura e a escravidão. E Dunga sabe o tamanho da merda que falou, ele só queria enrolar na resposta pra diminuir o número de perguntas para responder.
Os meninos da Vila e o Saci Pererê
Meu pai gosta pouco de futebol, nunca foi de assistir aos jogos. Santista, passou pela decepção de ver o filho tornar-se são-paulino. Não foi culpa minha, na minha infância o Santos não ganhava nada. Se o time de Giovani tivesse sido campeão brasileiro em 95 talvez eu voltasse a ser santista.
Enfim, lembro do meu pai interessado por poucos jogos do Santos. Esse de 95, alguns da era de Robinho e Diego e só. Agora, com os novos meninos da Vila ele voltou a gostar de futebol. 4ª feira ele vê aos jogos do Santos pela Copa do Brasil, sabe o nome dos jogadores e comenta o desempenho da equipe. É espantoso.
Os meninos da Vila jogam um futebol alegre e vistoso. Jogam desta maneira porque gostam de jogar futebol, porque é assim que sabem fazer e porque se divertem com aquilo. Fazem as coreografias ao comemorar os gols, tiram sarro da cara dos adversários nas entrevistas após as partidas e estão sempre sorrindo. Geram paixões como uma boy band, mas também geram raiva. Há quem diga que eles passam dos limites e são desrespeitosos.
Tais atitudes e repercussão me fazem associar os meninos da Vila ao personagem folclórico do Saci Pererê. Para alguns o comportamento dele é maléfico, demoníaco. Para outros apenas um menino travesso. Apesar das opiniões contrárias, acho que a imagem que predomina do Saci é do menino brincalhão. Ele não dá nó nos rabos dos cavalos por maldade, mas porque aquilo o diverte.
É isso que acontece com os Meninos da Vila. Neymar não deu chapéu no Chicão do Corinthians para humilhá-lo, fez porque era divertido, para tirar um sarro. Após o título Paulista ele e Robinho não gritaram: “Luxemburgo, pode esperar, a sua hora vai chegar” para provocar o técnico do Atlético Mineiro, para enervar o professor. Foi molecagem, coisa de menino travesso. Tá certo que Robinho já passou um pouco da idade, mas toda essa alegria só faz bem para o futebol.
A entrevista de Neymar
No dia 26 de abril Neymar concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal O Estado de São Paulo. Ele disse que gosta de comprar roupas Calvin Klein e Nike, que quer uma Ferrari e um Porshe na garagem e que uma mulher, sendo linda, é o suficiente. Também disse que nunca sofreu racismo porque não é preto e que alisa e pinta os cabelos de loiro. Aos 18 anos não tirou título de eleitor, não sabe quem são os candidatos à presidência e não tem opinião formada sobre Lula. Muita gente caiu matando em cima dele. Realmente, mostrou um jovem com uma cabeça vazia. Fútil, voltado à aparência e ao material.
Às vezes eu olho o Neymar e me vêm à cabeça aqueles clipes de Rappers americanos. O rapaz bem vestido, em cima de um carrão, com um medalhão de ouro no pescoço, cercado por belas mulheres bundudas se esfregando nele. Talvez seja nisso mesmo que Neymar se espelhe, talvez seja isso mesmo que ele queira.
Não o acho tão diferente da maioria dos meninos de 18 anos. Grande parte está pouco se lixando pra quem vai ser presidente, vão seguir o voto dos pais. E a classe social não influencia, tem muito boyzinho que também não faz ideia de quem é Dilma, Serra e Marina.
Neymar aos 18 anos pensa em coisas que o dinheiro e a fama podem comprar. Ele é, junto com PH Ganso e Dunga, o brasileiro mais comentado dos últimos meses. Ganha uma mesada de 5 mil reais por mês. Tem um monte de mulher (marias-chuteiras e as que acham ele bonitinho) aos pés dele. Viu seu nome envolvido em um complô midiático para levá-lo para a Copa do Mundo.
Sempre foi e sempre vai ser muito complicado administrar a combinação juventude + fama + dinheiro + sexo fácil. A tendência é a pessoa ficar mascarada, é a pessoa ficar fútil, é a pessoa ficar perdidinha. Mas com uns bons puxões de orelha de pais, empresário (daqueles que quer o bem do jogador e não só faturar em cima, será que existe?) e treinadores competentes não resolvam. No mais, não vamos esquecer que Neymar é um garoto. Um garoto mimado por méritos próprios.
A última sobre eles.
Após a vitória contra o Grêmio e a classificação para a final da Copa do Brasil, os jogadores do Santos aproveitaram o momento para desabafar. Uma fita contendo provocações de um locutor gaúcho foi o motivo de tanto alarde. Quase todos jogadores comentaram tal gravação, sobrou pro técnico gremista Silas e até pro presidente do Grêmio. Após a conquista do campeonato paulista, os “meninos da Vila” preferiram comemorar provocando o técnico Wanderley Luxemburgo, que ficou bravo com a brincadeira.
Nos dois momentos de maior “glória” do Santos até o momento na temporada os jogadores preferem compartilhar com os adversários do que com aqueles que deram apoio. A ala evangélica fervorosa do Santos não dedica a Deus, prefere desabafar e provocar os rivais. Para que dedicar a vitória aos pais, ao treinador, aos amigos? É melhor gerar mais intriga, mais inimizade e criar mais antipatia em torno deles.
Não duvido nada que se o Santos for campeão da Copa do Brasil, e deve ser, PH Ganso e Neymar dediquem o título ao Dunga, técnico da seleção brasileira. Vale lembrar que as finais ocorrerão só após a Copa do Mundo, quando provavelmente Dunga não será mais técnico do Brasil e portanto os meninos da Vila não terão medo de se queimar.
Vale à pena alguém chegar pra eles e dar um toque. Brincadeiras, provocações e zombarias fazem parte do futebol, mas ao ganhar um título ou uma vaga numa final de um campeonato importante, é mais legal comemorar com os seus.
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